Na segunda metade do século XIX, a Europa
conheceu um elevado crescimento económico. Esta situação exigia novos mercados
e novas fontes de matéria-prima. O que levou a um forte expansionismo europeu
em África durante este período. A Conferência de Berlim (1884-1885) criou um
novo ordenamento jurídico baseado na ocupação efetiva, ou seja, as pretensões
portuguesas baseadas no direito histórico só se tornariam válidas se Portugal
se apoiasse numa autoridade que fizesse respeitar os direitos adquiridos e a
liberdade de comércio e de circulação.
Para Portugal, as colónias africanas tinham,
sob o ponto de vista económico, um papel quase irrelevante. Porém, convinha
salvaguardar os direitos históricos de Portugal. Portugal tinha pretensões a
criar um novo Brasil, um autêntico império colonial africano, e esta era a sua
última oportunidade para o conseguir. Multiplicam-se as expedições científicas
ao continente africano e redobram-se os esforços diplomáticos.
Assim, em 1886, Portugal dá a conhecer as suas pretensões coloniais sob a forma do Mapa cor-de-rosa. Tratava-se de um projeto de ligação da costa angolana à costa moçambicana. O governo português dá início a várias tentativas de ocupação efetiva, numa disputa colonial com a Inglaterra, nomeadamente com o plano de Cecil Rhodes, que pretendia ligar o Cabo ao Cairo, sempre por solo britânico. A uma dessas tentativas a Inglaterra responde com o Ultimato Inglês. Em que consistiu num telegrama enviado ao governo português pelas autoridades inglesas a 11 de janeiro de 1890. Onde as autoridades inglesas exigiam a retirada imediata das forças militares portuguesas mobilizadas nos territórios entre Angola e Moçambique. Esses territórios correspondem hoje ao Zimbabué e Malawi. Caso a exigência não fosse aceite por Portugal, a Inglaterra avançaria com uma intervenção militar.
Assim, em 1886, Portugal dá a conhecer as suas pretensões coloniais sob a forma do Mapa cor-de-rosa. Tratava-se de um projeto de ligação da costa angolana à costa moçambicana. O governo português dá início a várias tentativas de ocupação efetiva, numa disputa colonial com a Inglaterra, nomeadamente com o plano de Cecil Rhodes, que pretendia ligar o Cabo ao Cairo, sempre por solo britânico. A uma dessas tentativas a Inglaterra responde com o Ultimato Inglês. Em que consistiu num telegrama enviado ao governo português pelas autoridades inglesas a 11 de janeiro de 1890. Onde as autoridades inglesas exigiam a retirada imediata das forças militares portuguesas mobilizadas nos territórios entre Angola e Moçambique. Esses territórios correspondem hoje ao Zimbabué e Malawi. Caso a exigência não fosse aceite por Portugal, a Inglaterra avançaria com uma intervenção militar.
A notícia do mesmo e o facto por parte das
autoridades portuguesas aceitarem o Ultimato Inglês, provocariam em todo o
reino uma gigantesca onda de indignação popular. Este sentimento é explorado
pelos republicanos. Prova disso é a tentativa de derrube da monarquia e
instauração da República um ano depois, no Porto, na revolta de 31 de janeiro
de 1891. Em termos coloniais, o Ultimato Inglês não teve consequências muito
negativas, pois, embora Portugal fosse obrigado a desistir do Mapa cor-de-rosa,
Portugal no ano de 1891 assinou um Tratado em que lhe confere a soberania sobre
extensos territórios, alguns dos quais nunca haviam sido reivindicados.
Na primeira década do século XX, em Portugal
vivia-se um clima de tensão política. O sistema político baseado na alternância
dos partidos Regenerador e Progressista entrou em colapso. Os partidos deixaram
de ter a capacidade de encontrar soluções viáveis para a resolução dos
problemas vigentes. Em 1907, D. Carlos I viu na entrega do poder a João Franco
a possível tábua de salvação da monarquia. No entanto este governou de uma
forma ditatorial, aumentando assim a agitação social e a animosidade em relação
à monarquia. A 28 de Janeiro de 1908 os Republicanos organizaram uma revolução,
mas não teve sucesso.
No dia 1 de Fevereiro de 1908, ao regressar
de Vila Viçosa, o Rei D. Carlos, a Rainha D. Amélia, o príncipe Real D. Luís
Filipe e o Infante D. Manuel desembarcaram no Terreiro do Paço e subiram para
uma carruagem aberta, que os deveria conduzir até ao Paço das Necessidades. A
meio do caminho um popular aproxima-se e atingiu a tiro o Rei D. Carlos. Um
outro atirador dispara sobre o príncipe herdeiro, D. Luís Filipe, atingindo
ambos mortalmente. O Infante D. Manuel II sofre apenas um ligeiro ferimento e a
sua mãe, a rainha D. Amélia sai ilesa do tiroteio.
Esta tragédia fez subir ao poder o ainda
jovem D. Manuel II, este tinha apenas 18 anos. Com o apoio da sua mãe, a rainha
D. Amélia demite João Franco entregando o governo ao almirante Ferreira Amaral,
iniciando o período da Monarquia Nova. Os protestos mesmo assim, não
acalmaram. Levando a 5 de Outubro de 1910 à proclamação da I Republica
Portuguesa. A República foi proclamada dos Paços do Concelho, a Câmara
Municipal de Lisboa. Em agosto de 1911 foi aprovada uma nova Constituição,
tendo início a Primeira República Portuguesa. O primeiro Presidente foi Teófilo
Braga, mas foi apenas Presidente do Governo Provisório até às eleições, onde
foi eleito como primeiro Presidente de Portugal Manuel de Arriaga, eleito
pelo Parlamento a 24 de agosto de 1911. Tendo D. Manuel II se refugiado em
Inglaterra.
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