Apesar de tudo isto parecer uma ideia excelente e
inovadora. Existe quem seja contra a globalização como nos é apresentada, pois,
para alguns autores cépticos da globalização defendem que o impacto exercido
pela globalização no mercado de trabalho, no comércio internacional, na
liberdade de movimentação e na qualidade de vida da população varia de
intensidade de acordo com o nível de desenvolvimento de cada pais. Dando muitas
vezes origem ao aparecimento de alguns blocos económicos, ou seja, países
que se juntam para fomentar relações comerciais como são casos muito evidentes
os casos da Mercosul ou da União Europeia que surgiu deste processo económico.
Assim sendo, uma das maiores desvantagens da globalização é sem dúvida a concentração
da riqueza. O que significa que a maior parte do dinheiro fica nos países mais
desenvolvidos e apenas uma pequena quantidade dos investimentos internacionais
vão para as nações em desenvolvimento, o que faz disparar o número de pessoas
que vivem na extrema pobreza. Alguns economistas afirmam mesmo que nas últimas
décadas, a globalização e a revolução tecnológica e científica são as
principais causas do aumento do desemprego. A globalização é igualmente
acusada de desvalorizar a cultura nacional de um determinado país, quando os
países mais ricos se instalam nos países mais pobres, explorando a
matéria-prima e aproveitando-se da mão-de-obra barata. Mas, defende-se
igualmente que os impactos da globalização não são apenas agressivos a nível
económico e cultural, mas também, para o meio ambiente. Pois, os interesses das
grandes empresas são baseados na exploração das matérias-primas da natureza de
maneira insustentável, o que polui e contamina os ambientes naturais. Pelo que
a matéria-prima não é extraída com responsabilidade ambiental. Tudo isto
tem como consequência as alterações climáticas que originam as catástrofes
ambientais. O crime, invariavelmente também está associado ao processo de globalização.
Assim, nos dias de hoje as distâncias e as fronteiras não têm a mesma força,
por influência da globalização, o que torna mais fácil a movimentação de
pessoas, de informação e de capitais. Desta forma podemos afirmar que a
globalização não existe só na economia, como também é possível vê-la nas actividades
ilegais como a prostituição, a pedofilia, o tráfico de drogas, de armas e de
animais. Verifica-se um grande aumento de organizações criminosas, de lavagem
de dinheiro, o que consequente faz aumentar os paraísos fiscais. Tudo isto,
porque as facções criminosas não têm barreiras geográficas que atrapalhem os
seus objetivos de cometerem os seus crimes. Esta é talvez uma das maiores críticas
à globalização por parte dos cépticos a esta forma de organizar a sociedade que
capacita os criminosos a poderem usar a maior facilidade de transação de
mercadorias, de serviços e de pessoas entre os países para levarem a cabo os
seus crimes.
Não existe um consenso, sobre a relação entre a globalização
e a desigualdade. Pelo que, alguns autores afirmam que a globalização e a
desigualdade estão interligadas. Defendendo, que uma das principais
consequências deste processo são as desigualdades entre os países. Pois, existe
uma enorme disparidade económica, tecnológica e social entre todos os países do
mundo e ao longo do tempo o processo de globalização tem contribuído de maneira
directa para o aumento da pobreza. Assim, a desigualdade social, é um problema
que afecta actualmente a maioria dos países, mas principalmente os países menos
desenvolvidos. Pelo que, a desigualdade num país faz aumentar a marginalização
de uma parte da sociedade que consequentemente faz aumentar a pobreza e o
aparecimento de guetos ou o crescimento da criminalidade e
da violência. Um outro problema provocado pela globalização é o aumento
acelerado do índice de desemprego no mundo todo, devido aos avanços
tecnológicos que tiram inúmeros postos de trabalho. Observando-se desta
forma que a nova pobreza global, não resulta da falta de recursos humanos ou
materiais, mas sim, apenas e só do desemprego, da destruição das economias de
subsistência e da minimização dos custos salariais à escala mundial. Pois, apesar
do crescimento mundial na produção, o mesmo não acontece com o consumo, uma vez
que esse cresce somente nos países desenvolvidos ou nas populações que fazem
parte da elite nos países subdesenvolvidos ou em vias de desenvolvimento, ou
seja, numa restrita parcela dos habitantes do mundo. Segundo, outros
autores a globalização é potencialmente benéfica, sempre e quando se tem em
conta as características e o contexto de cada país e região. Podendo beneficiar
os países se gerida correctamente, pois a abertura ao comércio internacional
permite a numerosos países crescer rapidamente graças à globalização, pois,
dizem que as pessoas vivem mais e com um nível de vida mais elevado. Tentando
desta maneira de criar-se as condições macroeconómicas para que seja possível o
desenvolvimento, crescimento e produtividade. Onde haja um mercado sem leis e
normas incoerentes que avançam e retrocedem, conforme os partidos políticos que
estão no poder e que assim não façam desincentivar investimentos. A
globalização gera desigualdades sobretudo a nível social, mas para muitos
defensores a solução não é evitar a globalização mas sim, conter os seus
efeitos adversos.
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