Alguns autores como David Held e Anthony McGrew propõem
explorar, por um lado, a mudança na política dos estados-nação para o que chamam
de um mundo de comunidades sobrepostas de destino, onde as fortunas dos países estão
cada vez mais envolvidas e, por outro lado, os padrões e os valores cosmopolitas
podem ser encontrados na ordem global. Ao perseguirem esta abordagem
multinível, verificamos que os seus trabalhos se encontram na tradição clássica
da teoria política, que se preocupou a caracterizar do mundo em que vivemos.
Tentando refletir sobre como desenvolver e atingir as metas normativas da
liberdade, a democracia e a justiça social. A resposta a este desafio segundo
estes dois autores, é explorar a forma como a globalização alterou a paisagem
da política para que assim se possa resolver os problemas de acção colectiva,
nacional e internacional, através das instituições e da governação para que
melhorem a democracia, a justiça social e a participação de todos os cidadãos numa
vida pública e democrática. A prioridade, segundo Held e McGrew, seria desenvolver
Estados competentes.
Assim sendo, a visão dos Neoliberais e dos Radicais
sobre uma social- democracia cosmopolita é a seguinte: No caso dos Neoliberais,
o princípio fundamental dos neoliberais para melhorar a condição humana é o
mercado e a liberdade. A vida política e económica, devem estar relacionadas à
liberdade e à iniciativa individual, sendo o princípio fundamental a
não-intervenção do estado e o livre mercado. Para o melhor funcionamento do
mercado, os liberais advogam ainda, um estado mínimo e alguns limites de poder
a certos grupos, como os sindicatos. Promovendo uma economia sem
fronteiras, por meio do estabelecimento de redes transnacionais de produção,
comércio e finanças, sem burocracia pública e pouco poder político dos Estados.
Os Neoliberais são a favor da Globalização
Por outro lado, os Radicais, tem postura de uma reforma
radical nas instituições internacionais baseadas no Programa das Nações Unidas,
defendem os bens públicos internacionais e uma maior cooperação internacional. Esta
visão congrega a esquerda pós-moderna, pós-marxista que defende a ocupação do
espaço da sociedade civil deixado pelo enfraquecimento do Estado, criando
estruturas de baixo para cima e a inclusão dos excluídos: trabalhadores,
indígenas, mulheres. Ou seja, os defensores desta visão reforçam a necessidade
de se dispor de mecanismos alternativos de governação inclusiva. Os Radicais
são anti-globalização.
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