Para alguns autores desta teoria
económica, como por exemplo Adam Smith e John Stuart Mill, os fundamentos e os
limites do Princípio do Laissez-faire, ou seja, o limite da não
intervenção do estado, tem aspectos bons e aspectos maus. Por isso, a
intervenção deve ocorrer de forma a maximizar os aspectos bons e a minimizar os
aspectos maus. Um critério fundamental de bom e de mau é o efeito que essa
intervenção pode ter sobre a liberdade do indivíduo, se esta for restringida, é
mau mas, se pelo contrário esta for ampliada, será bom. Pois, de acordo com o
liberalismo económico clássico, o Estado não deve interferir no funcionamento
da economia, limitando-se apenas a criar leis que protejam os consumidores e os
direitos da propriedade privada. Assim sendo, uma economia que se baseie
na teoria laissez-faire não é controlada pelo governo, podendo as empresas
resolverem os seus negócios sem qualquer tipo de intervenção do Estado.
Para John Stuart Mil, o estado apenas deve
intervir no que diz respeito, exclusivamente, à vida, interna ou externa, do
próprio indivíduo e, que não afecta os interesses de outros, ou só os afecta
por meio da influência moral, John Stuart Mil, diz-nos ainda que, se um elevado
número de funções são confiadas ao Estado, acaba por aumentar o seu poder,
tanto na forma de autoridade como na forma de influenciar como a sociedade
se organiza. Entende assim, que os indivíduos no geral, cuidam muito
melhor dos seus próprios interesses ao contrário do que faz o Estado. Pois, a
acção individual espontânea, encontra-se muito mais em linha num interesse
colectivo do que esperar que o Estado decida sobre os assuntos que
envolvam o interesse colectivo.
Adam Smith, por sua vez, defendia que,
tendo em conta, o princípio do laissez-faire, a única intervenção do
Estado deveria estar limitada a garantir a lei e a ordem, como igualmente a
defesa nacional e a oferta de alguns bens públicos que não seriam do interesse
do sector privado, como por exemplo a saúde pública ou a educação.
Em suma, a teoria económica
laissez-faire, baseia-se nos seguintes aspectos, o indivíduo é o elemento
principal na sociedade, em que, tem o direito natural de liberdade. Em termos
económicos os mercados devem ser competitivos para garantir a liberdade e a
auto-regulação dos mercados. Propondo-se inclusive, um imposto único, ou seja,
um imposto sobre a propriedade que substituísse todos os outros impostos
que prejudicam o bem-estar e penalizam a produção.
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